7. Os problemas de base das críticas
O autismo da ideologia
O primeiro problema é o fechamento ideológico. Quem critica não tem a menor intenção de dialogar com quem está do outro lado. Trata-se apenas de inimigos para combater, nada mais. Quem critica parte do pressuposto, e da certeza, de estar do lado da verdade e assume automaticamente o papel de defensor da verdade, enquanto quem está do outro lado é identificado com a mentira e o mal. Esta postura, porém, é de princípio contrária a fé católica tornando-se em si mesma uma contradição.
Em segundo lugar, as críticas são sempre enraizadas em preconceitos teológicos: "conservadores" contra "progressistas" (ou chamados de "modernistas", "comunistas" etc). Qualquer coisa que tenha raiz no mundo do outro, é, por si só é algo que deve ser rejeitado. Neste sentido, o mínimo gesto e palavra que não faz parte do "mundo conservador" é, automaticamente algo que pertence ao "mundo progressista", portanto, é algo que deve ser rejeitado. Por exemplo, o Papa Francisco, que convocou e Sínodo, por ser considerado "progressista" é, de consequência, rejeitado pelo "mundo conservador" e assim por diante.