4. Quem ataca o Sínodo?

26/09/2019

Enxergar a Igreja segundo uma ideologia

O sínodo é criticado pelos chamados católicos "conservadores". Todos os bispos e teólogos críticos do Sínodo pertencem a esta área e cada um apresenta suas ideias de acordo com a linguagem e a compreensão "conservadora" da Igreja e da fé. Para quem não conhece as linhas teológicas é bastante difícil se orientar porque os críticos conservadores falam como se o ponto de vista deles fosse o único que a Igreja adota como oficial. Na realidade os "conservadores" interpretam de forma "conservadora" a doutrina da Igreja, sem distinguir entre doutrina e interpretação, e isso é um modo muito sutil de manipular as coisas a próprio favor, apresentando a própria visão teológica como se esta fosse automaticamente a única possibilidade para compreender a fé e a vida da Igreja.

O Sínodo também é atacado por pessoas de "direita" porque é percebido como um evento apoiado por forças políticas tipicamente de "esquerda". Nesse caso, o discurso feito por quem ataca o Sínodo, em particular com relação às questões político-sociais e ambientais, procura defender a linha política do atual governo brasileiro que demonstrou abertamente hostilidade para com o Sínodo. Com relação a este tipo de crítica, é frequente a afirmação segundo a qual a Igreja não deveria entrar em questões políticas pois não tem competência para isso. Ao mesmo tempo, por conta da fortíssima polarização ideológica em que caiu todo assunto de política, cada fala utilizada é escolhida apenas para atacar os adversários políticos e nada mais.

De outro lado, o Sínodo é saudado com extrema expectativa pelas mais diferentes realidades "progressistas" que o percebem como uma grande possibilidade para a Igreja abraçar mudanças estruturais de todo tipo, sistematicamente denunciadas como demoníacas pelo mundo "conservador".

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