4. Comunicar o kérigma

15/07/2017

É importante deter-se neste processo de racionalização do kérigma para nos ajudar a entender como comunicar os elementos que o compõem, focalizando a relação profunda e existencial que cada um tem com nossa vida concreta.

Assim, comunicar o kérigma não significa fazer uma palestra de teologia, não vamos ao encontro do outro visando o convencimento intelectual dele, nem vamos para confutar o pensamento que ele sustenta.

A comunicação do kérigma não parte imediatamente de uma reflexão teológica e não coloca particulares pressupostos filosóficos no diálogo com o outro. Não usa uma linguagem técnica, não se apoia em documentos, em argumentos de autoridade.

Pelo contrário, o anúncio do kérigma visa criar um espaço humano universal, que possa ser percebido e compreendido para além de toda diferença entre quem anuncia e o destinatário do anúncio, em termos de cultura, religião, cor, língua, idade, formação etc.

Isto corresponde à natureza própria do kérigma, que quer nos conduzir, através de Jesus Cristo, a uma relação autêntica entre o ser humano, enquanto criatura, e o seu Criador, o verdadeiro Deus, Pai de toda humanidade de todos os tempos.

Portanto o anúncio do kérigma, mesmo se fundado na Revelação Bíblica compreendida e acolhida a partir do Magistério da Igreja, utiliza em primeiro lugar os elementos de base da experiência humana, para que cada homem possa abrir-se a Cristo.

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