10. As raízes profundas da alegria

20/07/2017

Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados. Compreendo as pessoas que se vergam à tristeza por causa das graves dificuldades que têm de suportar, mas aos poucos é preciso permitir que a alegria da fé comece a despertar, como uma secreta mas firme confiança, mesmo no meio das piores angústias: «A paz foi desterrada da minha alma, já nem sei o que é a felicidade (...). Isto, porém, guardo no meu coração; por isso, mantenho a esperança. É que a misericórdia do Senhor não acaba, não se esgota a sua compaixão. Cada manhã ela se renova; é grande a tua fidelidade. (...) Bom é esperar em silêncio a salvação do Senhor» (Lm 3, 17.21-23.26).

Papa Francisco, Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, n.6

Ser missionário não é assumir o papel de palhaço, não é estar no meio dos outros como aquele que não leva à sério os dramas e a dor do outro... não é querer colocar uma alegria qualquer no lugar de todo tipo de tristeza e aflição.

Ser missionário é mostrar as raízes profundas da esperança que dá vida ao nosso pequeno "sim", é mostrar o tamanho sem medidas do amor derramado em nossas vidas comparado a qualquer tipo de desafio no qual podemos esbarrar...

Ser missionário é tirar com força a poeira que acaba se depositando incessantemente no coração da gente... e no coração da comunidade cristã! Assim ela precisa mesmo que alguém assuma este papel. Precisa de verdade dar espaço a um espírito realmente missionário para que a fé celebrada no nosso dia-a-dia não perca seu brilho e sua autenticidade.

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